Você leitor pode questionar, talvez perplexo, o que vem a ser aborto masculino? Tal tema não é novo e encontra-se cada vez mais presente em nossa sociedade. Trata-se daquela situação, infelizmente, diariamente visualizada no Brasil em que inúmeras crianças recém-nascidas, ou até mesmo em gestação, são literalmente abandonadas pelo genitor, ocasionando assim, o desamparo desse ser e de sua genitora.
Constitui ato enraizado culturalmente no país e que demonstra um perfil indigno desses genitores, que irresponsavelmente não assumem seus atos. Com isso, recai nos ombros da mulher, principalmente a mãe e em alguns casos da avó, a criação e educação desses inocentes seres e, com isso, a mulher a heroicamente a exercer o papel materno e paterno.
Estudos demonstram que nesses casos a ausência paterna vem proporcionando duras sequelas emocionais aos filhos abandonados, registrando uma sensação de vazio diante do fato desse pai nunca ter se feito presente. Há ausência desses laços entre pai e filho, geram prejuízos nos cuidados inerentes naturalmente ao pai que denotam segurança diária para a criança.
São 5,5 milhões de crianças que vivem sem saber quem é o seu pai, pois, ou não consta na certidão de nascimento esse registro, como também outros milhões apesar de constar tal dado, todavia, esse pai nunca se fez presente no seu dia a dia. Com atitude de abandonar, o pai coloca em pauta a questão “de onde eu vim”, ou seja, sempre buscamos saber da nossa base histórica e biológica.
Negar esse aspecto é proporcionar inquietudes indesejáveis. Ser pai é educar, guiar os os com amor, estar presente ensinando que é com fé em Deus que conseguiremos a felicidade na vida.
Onaldo Queiroga